domingo, 13 de junho de 2010

Não tenho roupa!!!

Ai ai. Hora de sair. Começo a me arrumar. Entro no closet e começo a abrir todas as gavetas. Nada de encontrar a blusa certa. Já sei com que calça e com que jaqueta vou, mas a blusa...

As crianças entram e querem que eu escolha a roupa delas. Perco a concentração. A deles escolho rapidamente, mas a minha blusa.. Volto à estaca zero. Marido entra e começa a reclamar que estamos atrasados. Ai, meu pai, agora é que não consigo pensar. Coloco uma blusa preta e descubro que engordei uns quilinhos: aparece um pedaço da barriga. Estico, puxo, mas não adianta. A barriga insiste em aparecer.

Hora do pânico. Arranco a blusa, arremesso no chão e começo a gritar a famosa frase: "Não tenho roupa!!!" Marido me olha indignado e não se conforma, olhando para o closet abarrotado de roupas. Entro em desespero. Penso em algumas opções, mas lembro que todas estão no cesto de roupa suja. Coloco uma camisa que nem lembrava mais que existia, fica um pouco apertada no busto. Peço opinião ao meu marido, que pela cara, vai falar que está tudo ótimo só para sairmos logo de casa. Mas ele arregala os olhos e solta: "Você não disse que estava emagrecendo?"

Dane-se a blusa, danem-se os botões estourando. Coloco a jaqueta e subo o zíper até em cima. Não vou tirar e pronto. Vamos, podemos ir. Ainda bem que fez muiiito frio.

domingo, 6 de junho de 2010

Vizinha de cima

Claro que para abrir este blog, nada mais justo que homenagear a minha vizinha de cima. A constante necessidade de demonstrar sua presença é percebida através dos seus passos de elefante e arremessos de portas. Isso sem falar da forma sutil com que fecha a veneziana de enrolar das janelas e puxa as cortinas. Às vezes acho que é no meu apartamento.

Apesar de várias conversas e de quase chorar de emoção quando consegui alguns dias de paz, percebi que o problema estava longe de acabar. Cheguei a acreditar que o problema fosse a espessura da laje e que o barulho vinha do apartamento em cima do dela. Mas quando eles saem ou viajam, a paz é tão grande que eu me ajoelho e rezo.

Só que quando voltam, eu percebo na hora, pelas portas arremessadas, pela criança que só corre e outros barulhos piores. A criança tem cerca de 4 anos, e quando não está chorando, urra. Sim, ela grita sem parar por aproximadamente meia hora seguida. Pelos horários, grita para comer, tomar banho, acordar e dormir. E outros aleatórios.

É duro acordar ao som de portas batendo e dormir ao som de urros de criança e objetos arremessados no chão. No início, os barulhos iam até 1:30 da madrugada, agora param por volta das 23:00. Mas sempre há uma tampa de privada sendo arremessada no meio da madrugada.

Há dias piores, outros melhores. Neste feriado a criança deve ter viajado, pois só ouço as portas e a tampa da privada. Para mim é a glória.